terça-feira, 12 de julho de 2011

ORAPRONÓBIS, AROMA E SABOR BRASILEIRO



Onde se planta, nasce. Quando cresce, serve de proteção e alimento. Repleta de flores, ainda deixa o ambiente mais bonito. Por meio da hortaliça ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata), a natureza oferece múltiplos benefícios ao ser humano, o que seria motivo suficiente para a escolha de seu nome popular. Mas, conta-se que assim foi batizada pelo costume de ser colhida no quintal de uma igreja, para ser preparada para o almoço, quando o padre iniciava a reza final da missa da manhã. "Rogai por nós" em português, ora-pro-nóbis é uma frase em latim nem sempre facilmente assimilada. Por isso, pode ser comum encontrar derivações dela, sendo por vezes chamada lobrobó ou orabrobó por agricultores de Minas Gerais, onde a planta é muito difundida na culinária local. Originária do continente americano, encontram-se variedades nativas dessa hortaliça perene, rústica e resistente à seca da Flórida, nos Estados Unidos, à região sudeste do Brasil. De fácil manejo e adaptação a diferentes climas e tipos de solo, produtiva e nutritiva, a ora-pro-nóbis é uma boa alternativa para produtores iniciantes no cultivo de hortaliças.

Costelinha com Ora-Pro-Nóbis

Ingredientes:
1 kg costelinha porco picada
2 1/2 litros água
1 colher (sopa) gordura
1 colher (sopa) sal com alho
1 cebola média ralada
1 colher de urucum
1 folha louro
1/2 cálice cachaça
1/2 cálice limão
Ora-pro-nóbis picado
Cheiro-verde
Pimenta

Preparo:
Lave as costelinhas, coloque em uma panela, cubra com água, junte a cachaça e o limão
Leve ao fogo para uma leve fervura.
Escorra e reserve.
Leve ao fogo uma panela
Aqueça a gordura e junte as costelinhas para fritar levemente.
Retire o excesso de gordura que ser formar, acrescente o sal com alho, a cebola e por último o urucum. Deixe pegar cor, pingue água, junte a folha de louro e tampe.
Deixe cozinhar e vá pingando mais água, até a carne amaciar bem e formar um caldo suculento.
Acerte o tempero e retire do fogo.
Lave e escorra o ora-pro-nóbis, pique e cubra as costelinhas.
Não mexa.
Sirva com angu e arroz com alho.

Frango com ora-pro-nóbis

Ao longo do legendário rio das Velhas, afluente do Velho Chico, nasceram arraiais que se transformaram em vilas e depois em cidades. Desde o século XVII, as águas vêm servindo como condutor da civilização, cultura, usos e costumes. E, claro, da força da culinária. Municípios como Rio Acima, a 36 quilômetros de Belo Horizonte, conservam receitas tradicionais, que passam de geração a geração, sem perder a originalidade. O frango capiria com ora-pro-nóbis atravessa séculos conquistando legiões de admiradores. Célia Apolinário de Aguiar, de 69 anos, dona de restaurante na cidade, faz a iguaria. Ao lado das filhas Patrícia e Helena Cristina, e das netas Monique e Laís, Célia lembra que, para agradar, o frango tem que ser caipira. O resto, certamente, fica por conta do seu talento na cozinha. O ora-pro-nóbis também tem papel de destaque. Rico em proteínas, é chamado de “carne do pobre”. Conta a história que, nos tempos coloniais, as igrejas eram cercadas pelo vegetal, mas os padres não deixavam que fossem colhidas. Então, durante a longa oração do ora-pro-nóbis, as famílias aproveitavam para apanhar as folhas e garantir o almoço. Melhor para o povo, que inventou pratos ricos, nutritivos e criativos.
Como fazer
Refogue o frango e coloque os temperos. Quando estiver pronto, coloque o ora-pro-nóbis e abafe (feche com a tampa da panela). Deixe ferver durante cinco minutos. Servir com angu, feito de fubá de moinho d’água, e arroz com feijão.


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