domingo, 28 de abril de 2013

Conheça o projeto Salão do Encontro em Minas Gerais


O Salão do Encontro fica em Betim, Minas Gerais. O programa educacional atende mais de 600 crianças. Todas têm direito a creche, pré-escola e à escola complementar.


“Aqui nós fazemos uma interação das crianças com o mundo, através do lúdico”, conta Ângela Batermarque, coordenadora da creche.
O quarto do cochilo pode receber até 16 dorminhocos.
Já as crianças de quatro a seis anos ficam na pré-escola. Para cada idade uma cor e um nome de passarinho. Periquitos, canarinhos, azulões, juntos são mais de 400 alunos.
“As crianças se deslocam de um espaço para o outro, numa interação dela com o coleguinha, a gente não trabalha no sistema de fila, estão todos próximos, dialogando, observando, podendo usufruir de tudo que a natureza pode estar nos proporcionando”, diz Léia Rodrigues, pedagoga.
“A gente está debaixo aqui da mangueira, ouvindo e contando histórias. É muito diferente de uma sala de aula, quatro paredes. é inspirador e prazeroso”, fala Janete da Costa, educadora,
“Aqui eu não tenho lista de material. É a natureza que nos dá o material pra gente trabalhar. A gente colhe o que está no chão pra transformar numa arte”, afirma Cleusa de Almeida, instrutora de artes.
Até a tinta vem da terra.
“A primeira coisa pega a terra e joga num pilão. Aí nós temos a mão de pilão pra socar a terra e colocar numa peneira pra ela ficar mais fina. Depois coloca numa bacia com água, mistura e depois passa num coador”, explica Cleusa de Almeida, instrutora de artes.
“Nós trabalhamos a estrutura familiar, onde cada dia é representado uma família diferente e com isso eles vão crescendo aprendendo a diferença do cotidiano de cada um, onde famílias são tradicionais, convencionais, outras criadas só por pai, por avó”, fala Cátia Gomes, coordenadora educacional.
“Nessa reprodução do dia-a-dia a gente consegue detectar algumas dificuldades familiares e com isso a gente pode também atuar melhor na vida do aluno na escola”, completa Cátia.
“Às vezes os homens não dão tanto valor e os meninos aqui não. Eles trabalham exercendo a função com o maior cuidado, o maior capricho”, conta Vanessa de Lima, professora.
“Eu acho que vai formar famílias mais capazes”, conta Vanessa.
“A alfabetização ocorre de uma forma lúdica, onde nós temos na fazendinha, por exemplo, a situação da atividade do separar da semente. A gente está contribuindo pra criança desenvolver habilidades que vão ajudar ela no pegar o lápis, no trabalho de pinça da coordenação motora fina, que vem contribuir para esse processo de desenvolvimento dela, diz Léia Rodrigues, pedagoga.
Dos sete aos 14 anos, os alunos passam por atividades de complementação escolar.
“A criança vão, de manhã ou à tarde, pra escola regular, e vem pra cá onde faz o dever de casa, tem as atividades que são nos setores: marcenaria, tapeçaria, bonecas. Eles têm diversificação de atividades aqui”, conta Maria de Farias, coordenadora da escola complementar.
Daniel começou como marceneiro. Hoje ajuda a formar futuros artesãos.
“Esses brinquedos que são feitos aqui, eles fazem e no final, no meio do ano tem uma exposição, mas no final do ano eles levam os brinquedos pra casa deles”, conta Daniel Barbosa, educador.
“Quando você faz você faz do seu jeito, e o brinquedo que você vai comprar fora não é do seu jeito”. Breno Rossi, de 12 anos.
“O mais importante é que eles descubram aqui que eles têm habilidade, que conseguem fazer outras coisas, fora deste espaço, que é o Salão de Encontro. Duzentas crianças participam do programa de educação complementar, que tem até aulas de circo”, explica Maria de Farias, coordenadora da escola complementar.

“A atividade circense tem trabalhado mais do que nunca a disciplina, que é uma coisa fundamental. Aqui a gente não precisa se descabelar pra manter o respeito com a criança”, afirma Wilson Soares, o Palhaço Beterraba.
“Eu já aprendi perna-de-pau e daibolô chinês e aqui eu acho muito legal, aqui além de você aprender as coisas, você aprende ainda mais a educação”, conta Daiane Souto, de 11 anos.
“A gente fica diferente no dia-a-dia, e a gente fica muito alegre”, afirma Arthur prates
11 anos
Pelo quarto ano seguido, o projeto recebe o apoio do Criança Esperança. A nova biblioteca foi montada com a doação de 2009. Este ano, os recursos também serão aplicados no programa educacional da entidade.
“Aqui nós temos um lema: qualidade e beleza. Por que repassar pra eles o mais ou menos. Eu quero repassar o melhor, o mais bonito”, diz Noemi Gontijo, fundadora do Salão do Encontro.
(31) 94316649 / 85992169 
henriktour@hotmail.com

Um comentário:

Unknown disse...

muito bom,parabéns é um lugar a ser admirado e tem coisas lindas a venda.Um projeto que é visitado por muitos turistas estrangeiros.