terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Parque Estadual do Biribiri



Este parque, que fica há aproximadamente meia hora da cidade de Diamantina/MG, é protegido e está inserido no complexo da Serra do Espinhaço. Possui fauna e flora muito ricas e já foram encontradas espécies ameaçadas de extinção, como o lobo-guará e a onça-parda. Há também no parque diversos córregos e rios, que formam lindos poços e cachoeiras.

Na Vila Biribiri, é um vila que fica dentro do parque. Ela foi formada em 1876 e era habitada pelos trabalhadores da antiga fábrica de tecidos de Biribiri. Hoje, a fábrica está desativada e a vila tornou-se uma atração turística de Diamantina.


A tradicional família Mascarenhas, do ramo de tecelagem, vendeu 30 das 33 construções do povoado, erguido em 1877 para sediar uma fábrica de fiação. O projeto vingou, no primeiro momento: havia 1,2 mil moradores no auge da linha de montagem. Mas, em 1973, a empresa não resistiu ao alto custo da produção e fechou as portas. O número de habitantes despencou: três adultos e uma criança residiam lá nos últimos anos.

Desde então, os Mascarenhas tentaram negociar Biribiri no atacado. À falta de um comprador que desembolsasse alguns milhões de dólares, a família optou por vender os imóveis no varejo. Cada um saiu entre R$ 100 mil e R$ 200 mil. Agora, Biribiri tem mais 30 donos. Apenas a igreja católica, o galpão da fábrica e a casa-grande (moradia do gerente da empresa) não mudaram de mãos.

Quem chega à vila percebe as mudanças. Betânia Novaes e Glícia Winders adquiriram o imóvel que um dia foi dormitório dos operários. Nele, montaram uma aconchegante e bem equipada pousada, com 12 apartamentos e capacidade para 28 hóspedes.

“Biribiri ganha nova cara. Um museu será aberto perto daqui. Há um projeto para uma vinícola e outro para um hotel, com 60 apartamentos”, revela Betânia, que considera positiva a chegada de mais um hotel ao lugar. “Afinal, somos parceiros comerciais.”



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