segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Morre Waldir Silva , será enterrado hoje no cemitério do Bom fim as 13:00



A carreira de Waldir Silva é coroada de sucessos. Passou pelas mais famosas gravadoras do país e tocou ao lado dos maiores artistas do nosso cenário. Gravou composições próprias e registrou em disco trabalhos dos maiores compositores do País.

Conforme matéria de capa da revista "Isto É", um dos maiores veículos de comunicação do Brasil, Waldir Silva é um fenômeno na vendagem de discos, tendo atingido a marca de seis milhões de cópias no Brasil e, ainda, em quase todos os países do mundo. Seus discos são vendidos nos cinco continentes, inclusive através da Internet, através das empresas:


A seresta mineira está de luto. Morreu ontem, no Hospital Biocor, o cavaquinista e compositor Waldir Silva, de 82 anos, vítima de pneumonia. O músico deixou quatro filhos, dois netos e a viúva Irene Magalhães, de 80 anos. Ao receber a notícia da morte do marido, ela passou mal e foi internada em Belo Horizonte. O velório é realizado na Casa da Paz, no Bairro Bonfim. O enterro será hoje, às 13h, no Cemitério do Bonfim. 

Mineiro de Bom Despacho e criado em Pitangui, Waldir Silva chegou a Belo Horizonte aos 17 anos e já tocava seu inseparável cavaquinho, com o qual fez fama. Mestre do instrumento, chegou a se apresentar com o xará Waldir Azevedo, além de se destacar com o Conjunto Waldir 


Silva, que animou bailes e shows por mais de 30 anos.

O cavaquinista se tornou conhecido também por realizar o projeto Minas ao luar, em parceria com o Sesc-MG. Por 20 anos, Waldir levou a seresta para praças de todo o estado. Esse evento vai prosseguir com o conjunto liderado por seu irmão, o guitarrista e cantor Mauro Silva.

Amigos e músicos lamentaram a morte do mestre do cavaquinho. “Triste... Foi-se embora meu querido Waldir Silva”, comentou o violonista Geraldo Vianna nas redes sociais. Ele produziu alguns discos do veterano. Waldir chegou a dizer-lhe que não poderia morrer sem gravar temas populares do repertório erudito.

“Nossas notas musicais nascem espontaneamente do nosso modo de ser e de sentir o mundo”, escreveu o cavaquinista em seu site oficial (www.waldirsilva.com.br). “É como se buscássemos a inalcançável perfeição das formas, a riqueza das imagens e o poder da sugestão para explicar nossos sentimentos”, resumiu no tocante depoimento. Com cerca de 35 discos gravados, Waldir se consagrou com a seresta e o choro. Mas se dedicou a outros gêneros, conquistando fãs de várias gerações.

“Perdemos o grande nome da música regional de Belo Horizonte”, lamentou o violonista Silvio Carlos, do Clube do Choro, que integra o grupo Flor de Abacate. “Grande compositor, ele se preocupava também em registrar a obra de grandes mestres como Zequinha de Abreu e Ernesto Nazareth. Além disso, gravou discos com sucessos de gêneros populares como bolero e tango”, lembrou Silvio. Nas redes sociais, os fãs se despediram do mestre. “Waldir Silva, adeus com Deus, obrigado pela música e o carinho com o mundo”, escreveu o produtor Amilton C. de Faria.



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