segunda-feira, 19 de agosto de 2013

História da Pampulha

A Lagoa da Pampulha que, no fim dos anos 30, era reservatório de água de Belo Horizonte, hoje é um dos cartões postais e região turística da capital mineira moderna. Com o entorno arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer, a lagoa é uma das paisagens mais bonitas e agradáveis de Belo Horizonte.
A origem do nome tem duas versões, segundo o projeto Pampulha Limpa. Uma delas seria a referência a um bairro de Lisboa, com o nome de Pampulha, e os portugueses que vieram para Belo Horizonte antes da inauguração da cidade projetada para ser capital de Minas Gerais deram o mesmo nome para a região. Outra versão é a implantação da barragem e de um reservatório de água de 15 quilômetros de perímetro, que abasteceria a cidade de cerca de 150 mil habitantes, no fim dos anos 30. O nome Pampulha significa “campo de pedra”.
Em 1943, foi inaugurado o complexo arquitetônico, assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. O Museu de Arte da Pampulha, a Casa do Baile, o Iate Tênis Clube e a Igreja de São Francisco de Assis são construções que fazem parte dessa grande obra. De acordo com a Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), o projeto da Igrejinha da Pampulha, como foi apelidada, era tão moderno para sua época que sua consagração foi atrasada até 1959, mesmo concluída 16 anos antes.
O complexo ainda tem outros atrativos, como o paisagismo de Burle Marx, a pintura dentro da Igrejinha de Cândido Portinari e as esculturas de Ceschiatti, Zamoiski e José Pedrosa.
Em 1940, começou o loteamento do bairro que leva o nome da lagoa, iniciado pelo então prefeito Juscelino Kubitscheck. Já na década de 50, a ocupação da cidade se tornou desordenada, inclusive no entorno do complexo da Pampulha. Com isso, o despejo de esgoto, sedimentos e lixo deixou a lagoa imprópria para uso.
Em 1954, segundo o projeto Pampulha Limpa, o rompimento da barragem causou um esvaziamento da lagoa, e a abertura das cinco comportas existentes na época não foi feita porque essas estavam emperradas. Um vazamento causou um prejuízo incalculável, uma vez que parte da região foi alagada por 18 milhões de metros cúbicos de água, mas ninguém se feriu.
Vários anos se passaram sem que fosse feita uma limpeza adequada da lagoa. O assoreamento e a invasão dos aguapés foram alguns dos problemas resultantes do descaso em relação à Pampulha. A primeira drenagem foi feita no fim de 1980, depois da desativação de uma estação de tratamento que era mantida na lagoa. Os detritos dessa primeira limpeza formaram a ilha 1, em frente à Toca da Raposa.
Em 1985, 15 milhões de metros cúbicos de terra foram retirados no fundo da lagoa, um número assustador. Começou, em paralelo, o controle da proliferação dos aguapés.
Somente em 1994, a Prefeitura de Belo Horizonte lançou o plano diretor “Programa Pampulha – Propam”, que tinha o objetivo de melhorar a condição ambiental da bacia. Entre os projetos que seriam desenvolvidos, estavam o combate ao assoreamento e à contaminação do esgoto e o monitoramento do nível da lagoa. Desde então, os órgãos públicos municipais têm mantido controle ambiental e urbano da área, com manutenção da orla, limpeza urbana e conscientização dos moradores e freqüentadores  da região.





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