quarta-feira, 3 de abril de 2013

Serra do Cipó

A Serra do Cipó se localiza 90 quilômetros a nordeste de Belo Horizonte, logo depois da cidade de Lagoa Santa, na região sul da Cordilheira do Espinhaço, entre os paralelos 19 e 20ºS e 43 e 44ºW, no divisor de águas das bacias hidrográficas dos rios São Francisco e Doce.


Após a criação do Parque Nacional e pavimentação asfáltica da Rodovia MG-10 a transformação da Serra do Cipó vem se processando rapidamente, e em resumo a região já conta com o seguinte: dezenas de estabelecimentos comerciais; inúmeros prestadores de serviços; dezenas de hotéis e pousadas; áreas de camping estruturadas; mais de 700 residências; duas centenas de propriedades rurais e sítios de recreio; população fixa superior a 2.500 habitantes; escola estadual, municipal, posto de saúde, serviço de correio, cartório, associação comercial, etc.

Trata-se de uma região bastante rica em cursos d’água, destacando-se o rio Cipó, afluente do rio das Velhas, pertencente à bacia do rio São Francisco. O rio Cipó, que é o mais importante curso d’água da região, nasce a partir do encontro dos ribeirões Mascate e Gavião, sendo que o Mascate desce do cânion das Bandeirinhas enquanto o Gavião a serra da Bocaina, ambos no interior do Parque Nacional.


Tapete de Flores - Travessia Lapinha - Tabuleiro

Para muitas pessoas a Serra do Cipó é um local místico, uma terra de cristais e discos voadores, mas não há dúvida, em geral é a beleza e pureza das águas que atraem o maior número de visitantes. Em decorrência do relevo acidentado observa-se a freqüente formação de cachoeiras, corredeiras e piscinas naturais, que mantêm o seu volume de água constante durante quase todo o ano devido ao aspecto areno-rochoso do solo. Típicos também da região são os cânions, gargantas sinuosas e profundas que abrigam cachoeiras e poções em seu interior.


Lagoa da Lapinha

A presença de grande número de riachos e nascentes, ainda pouco afetados por atividades humanas, abre a possibilidade de se utilizar as águas da Serra do Cipó como padrão de referência para ambientes aquáticos de ótima qualidade, equilibrados e com elevada diversidade biológica.


Por do sol da Serra do Cipó

Altitude Máxima: 1.687 m (Pico do Breu).
Área: 33.800 hectares (Parque Nacional).
Relevo: Montanhoso.
Carta Topográfica: .
Atração: Paisagem.

Atrações

O Parque Nacional da Serra do Cipó possui mais de 60 cachoeiras, cada uma mais linda que a outra. Durante todo o percurso você verá sempre lindas paisagens, com fauna e flora exuberantes e ficará fascinado com tamanha beleza.


CACHOEIRAS:

Cachoeira do Tabuleiro: A Cachoeira do Tabuleiro é umas das maravilhas da Serra do Cipó e está localizada perto do pequeno povoado de Tabuleiro, que faz parte do Município de Conceição do Mato Dentro. É a cachoeira mais alta de Minas Gerais e a terceira maior do Brasil. São 273 metros de queda livre formada a partir de um paredão de beleza monumental. Na parte alta da cachoeira existem outras quedas e lagos e, na parte de baixo, existe um grande poço ladeado por imensos blocos de pedra. A Cachoeira está situada no coração do Parque Natural Municipal do Ribeirão do Campo, que protege cerca de 3.150 hectares de área onde se encontram raros ecossistemas raros que compõem a cadeia do Espinhaço além das coleções hídricas da região, envolvendo todas as nascentes formadoras do ribeirão do Campo.

A Cachoeira do Tabuleiro, é a mais imponente de todo Espinhaço, que com seus 273 metros de queda d’água já ganhou muitos méritos. De acordo com o Guia Quatro Rodas, existem mais de 5.000 cachoeiras catalogadas no País, e a Cachoeira do Tabuleiro é considerada a melhor cachoeira para visitação de turistas e uma das mais belas paisagens do Brasil.

A caminhada para a base, de 1h30 (3,6 km) desde a portaria do parque, atravessa campos rupestres com orquídeas e sempre-vivas. O trecho final, mais difícil, é feito no leito do rio, sobre as pedras. Como recompensa você ganha, além do visual singular, uma refrescante piscina formada pela cachoeira. Para conhecer a queda por cima, há três caminhos. O mais usado, por trás da serra que forma o paredão, dura 3h30. Outra trilha, de apenas 20' a partir da sede, não chega perto da atração, mas proporciona a melhor panorâmica para fotos.



Cachoeira do Tabuleiro

Cachoeira Grande: Considerada um dos cartões postais da Serra do Cipó, seu acesso é feito por uma estrada de terra de 2 km aproximadamente, passando por várias pousadas e fazendas.

A Cachoeira tem uma queda de 10 metros de altura e um paredão de pedras com gramíneas de 60 metros aproximadamente. A água, idêntica ao rio Cipó, tem uma temperatura fria e no topo da cachoeira são realizados passeios de caiaque ao longo do rio. Existe uma infra-estrutura dotada de restaurante e banheiro. A pesca no atrativo natural é permitida desde que seja feita com anzol. Os peixes mais comuns são o Lambarí, Dourado, Traíra, dentre outros.

É cobrada uma taxa de visitação. Lá é possível realizar passeios de barcos, caiaques, locação de cavalos, rapel, tiroleza e bicicletas. Existe um restaurante com comida feita no fogão à lenha.

Cachoeira da Farofa: Localizada na Serra da Bandeirinha, é um dos atrativos mais procurados pelas pessoas que visitam o Parque Nacional da Serra do Cipó. Seu acesso é feito na parte baixa da Serra, por uma trilha plana de aproximadamente 7 Km, onde é possível observar o Córrego das Pedras, as ruínas de uma casa antiga, a Lagoa Comprida e o Ribeirão Mascates, sem falar na grande variedade de fauna e flora da região. Seu percurso pode ser realizado a pé, a cavalo, de bicicleta ou por um Jeep, credenciado pela gerência do Parque, para auxiliar o transporte de crianças e idosos ao atrativo natural.

A Cachoeira possui uma queda d'água com cerca de 80 metros de altura, em meio a um paredão de rocha quartzítica cercado de gramíneas e orquídeas que decoram bastante a paisagem local. Suas águas frias variam em quantidade conforme determinadas épocas do ano. Os meses de maior volume se situam de dezembro a abril e seu nome é devido à água que se esfarela pelas pedras formando uma profunda piscina natural. Tempo de caminhada: 2h.



Cachoeira da farofa 

Cachoeira Véu da Noiva: Localizada fora dos limites do Parque Nacional da Serra do Cipó, é um dos atrativos mais conhecidos da região e se encontra dentro da propriedade da ACM. Seu acesso é feito pela rodovia MG-010, passando por dentro do distrito de Cardeal Mota.

A Cachoeira possui uma queda d'água em meio a um paredão com mais de 60 metros de altura sendo formada pelo ribeirão Soberbo, que posteriormente desagua no rio Cipó. Dotada de toda infra-estrutura para seus associados, o atrativo tem uma taxa de visitação bem significativa em comparação aos demais existentes na Serra do Cipó.

Cachoeira de Baixo: Localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) Morro da Pedreira logo abaixo da ponte sobre o rio Cipó é um dos belos atrativos naturais localizados ao longo do curso do rio Cipó. Um dos acessos é realizado pela portaria da pousada Monjolos, após uma rápida caminhada pelas dependências do hotel.

Com 40 metros de largura em um paredão extenso, a Cachoeira é formada por vários degraus, originando um grande número de cascatas de pequeno porte e piscinas naturais de diferentes profundidades.

Cachoeira da Capivara: Localizado próximo a Serra Morena, esta cachoeira é uma das maiores da região da Serra do Cipó. Seu acesso é feito pela MG-010, em um trecho de aproximadamente 20 km de estrada de terra, logo após a estátua do Juquinha, lendário morador da região. Durante o percurso é possível observar as inúmeras serras existentes na Cordilheira do Espinhaço, vários cursos d'água que cruzam a estrada e a presença de várias flores que decoram o caminho seguido pelos viajantes.

O atrativo natural está inserido dentro de uma propriedade particular. São 3 quedas imensas: a última e mais alta de todas tem uma altura de 120 metros aproximadamente, formando um poço de acesso íngreme. A vegetação típica é de campos rupestres, apresentando uma grande variedade de flores campestres, orquídeas e velózias gigantes. Suas águas seguem para as cachoeiras da Serra Morena e da Usina, respectivamente. Tempo de caminhada: 1 hora.

Essa cachoeira é uma das mais bonitas da região e possui duas grandes quedas e dois poços para banho. A Serra do cipó é um dos conjuntos naturais mais exuberantes do mundo. Sua história geológica é complexa, com suas rochas arenosas que foram formadas por depósitos marinhos há mais de 1.7 bilhões de anos. A diversidade da sua vegetação é altíssima com espécies exclusivas de sua região. Sua fauna é representativa e abriga espécies ameaçadas de extinção. São ao todo 100.000 hectares de cerrados, campos rupestres e matas, além de rios, cachoeiras, canyons, cavernas, sítios arqueológicos preservados e muitos esportes de aventura.



Cachoeira da Capivara 

Cachoeira do Congonhas de Cima: Cachoeira localizada na parte de cima do PARNA Cipó. Localizada no alto da serra, suas águas são cristalinas, é muito usada para a prática de cannyoning. É necessário ter ingresso do Parque Nacional e a presença de um monitor ambiental. Tempo de caminhada: 2h

Cachoeira das Andorinhas: Cachoeira formada pelo Rio Parauninha. É um "point" para os amantes de canyoning. É necessário ir com um monitor ambiental.

Cachoeira da Caverna: Trata-se de uma cachoeira de águas minerais, seu poço atinge 5 metros de profundidade.

Cachoeira da Lagoa Dourada: Recebeu esta denominação devido à lagoa de mesmo nome que se encontra próxima à cachoeira. Dependendo da época do ano, a luz solar reflete a tonalidade da vegetação do seu entorno dando um tom dourado à água da Lagoa. A Cachoeira da Lagoa Dourada se encontra numa região alta do Parna Cipó e possui duas quedas de fácil acesso e uma terceira mais difícil. Durante a caminhada é possível ter uma panorâmica da região de São José da Serra e do Capão dos Palmitos. Por ser uma lagoa selvagem o banho não é aconselhável, ficando este restrito à cachoeira. Tempo de caminhada: 3 h.

Cachoeira das Andorinhas e do Gavião: Duas belíssimas cachoeiras. A Cachoeira do Gavião, que recebe este nome pelo desenho da serra que lembra a envergadura de um gavião. A cachoeira da Andorinha é abrigo de andorinhões. A trilha que dá acesso às cachoeiras margeia o rio Bocaina e passa por um paredão com pinturas rupestres. Tempo de caminhada: 2 horas.

Poço do Chapéu e Cachoeira do Zé Maria: O Poço do Chapéu é um dos maiores e mais fundos da região, o que torna possível a prática de mergulho. A Cachoeira do Zé Maria possui, aproximadamente, 40 m de queda e um belíssimo poço para nadar.

Outras cachoeiras - Cachoeira do Tomé, Cachoeira da Braúna, Cachoeira do Riachinho, Cachoeira João Fernandes, Cachoeira do Tombador, Cachoeira do Caramba, Cachoeira da Farofa de Cima.


CANYONING:

Canyon das Bandeirinhas: Formado por uma abertura existente entre a Serra da Bandeirinha e a Serra dos Confins o Canyon das Bandeirinhas, localizado no interior do Parque Nacional da Serra do Cipó, é uma das maiores atrações da região. Seu acesso se dá por uma trilha plana com uma distância de 12 Km aproximadamente, cujo percurso pode ser feito a pé, a cavalo ou bicicleta. Existe um Jeep credenciado pela gerência do PARNA Cipó que auxilia o transporte de crianças e idosos até a metade do percurso. Durante o caminho, idêntico ao da Cachoeira da Farofa até os seis primeiros quilômetros, é possível observar a Serra da Lagoa Dourada, alguns cursos d'água e cachoeiras, variadas espécies de flores e uma floresta de Monjolos, popularmente conhecida como Sucupira Branca.

O Canyon tem uma extensão de 6 Km formados por dois paredões cortados pelo ribeirão Bandeirinhas que guarda algumas quedas d'água, piscinas naturais e imensos blocos de rochas que foram arrastadas pelas forças de uma enchente ocorrida em 1926. É bastante comum a presença de orquídeas e ninhos de pássaros em seu interior.

A 10 km da Portaria do Parque, inicia-se um percurso, num pequeno vale do Rio Mascates e Bandeirinhas, por entre dois grandes paredões de rocha. É necessário autorização do IBAMA para ir até ao Canyon e de preferência um monitor ambiental acompanhado. Ingresso R$ 3,00. Tempo de caminhada: 3 horas aproximadamente.




Canyon das Bandeirinhas 


Cachoeira das Andorinhas: Cachoeira formada pelo Rio Parauninha. É um "point" para os amantes de canyoning.

Canyon dos Confins:


ESCALADA:

Morro da Pedreira ou Pedrão: Muito procurado pelas suas vias negativas e bem atléticas, muita gente desconhece que o Morro da Pedreira possui uma infinidade de vias móveis em seus 4 setores.

Com 1 jogo de NUTS, 1 jogo de Friends e 1 de Exentrics é possível a ascenção de inúmeras vias, que vai de 20 m até 110 m com vários níveis de dificuldade, e algumas bem técnicas, com diedros, chaminés, fissuras de entalamento e até tetos. Com mais de 200 vias catalogadas, este é um verdadeiro "filé" que pouca gente já provou. Algumas delas são:

Corações e Mentes - 1º Grupo - 4º Grau 35 m;
Incrível mas real - 3º Grupo - 6º Grau - 45 m;
Chaminé Mandalla - 3º Grupo - 6º Grau - 40 m;
Nostradamus - 3º Grupo - 6º Grau - 60 m;
Kama Sutra - 3º Grupo - 5º Grau - 25 m;


TREKKING:

Travessia Lapinha - Tabuleiro: Essa singular travessia de 3 dias que se inicia no Vilarejo da Lapinha acabando na Vila de Tabuleiro, cruza a Serra do Espinhaço de Oeste para Leste, na região denominada de Serra do Cipó. Nessa travessia passa-se por picos, piscinas naturais, rios de água cristalina, campos rupestres, matas, cerrado e belíssimas cachoeiras.




Travessia da Lapinha para Tabuleiro

Trilha do Travessão: Um penhasco monumental que divide as bacias do Rio São Francisco e Rio Doce. Durante o percurso há afloramentos rochosos que abrigam pinturas rupestres, várias espécies de sempre vivas, campos de samambaias de altitude, algumas nascentes, uma cachoeira e panorâmicas deslumbrantes. Distância: 17 Km de carro por estrada de terra e 12 Km de caminhada. Tempo de caminhada: 3 h



Travessão


Trilhas dos Escravos: Localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) Morro da Pedreira, a Trilha dos Escravos é um atrativo que leva ao topo da Cachoeira Véu da Noiva e sua respectiva nascente, denominada de Mãe D'água. Sua construção, como o próprio nome diz, foi feita pelos escravos para auxiliar o transporte das riquezas minerais adquiridas na Serra do Espinhaço durante o ciclo do ouro e diamante do século XVIII.

A Trilha tem aproximadamente 4 metros de largura e 600 metros de comprimento. O caminho é íngreme, com pedras unidas e cercada por uma vegetação de cerrado, de onde se tem uma vista do Morro da Pedreira e da região de Cardeal Mota.

Estátua do Juquinha: Situa-se em uma região conhecida como Alto Palácio, foi construída num local privilegiado, de onde se tem uma interessante visão das montanhas da região. Com três metros de altura, a estátua foi construída pela artista plástica Virgínia Ferreira em homenagem ao lendário Juquinha, andarilho que percorria a região da Serra do Cipó vendendo flores para os visitantes que freqüentavam a serra.



estatua do Juquinha 

Velósias Gigantes: As velósias gigantes são plantas com até 6 m de altura e crescem cerca de 1 m a cada século. São consideradas fósseis vivos. Várias orquídeas, bromélias e fungos abrigam-se nos troncos das canelas de ema. No mesmo roteiro da Estátua do Juquinha.

Fervedouro: Nascente de água translúcida. Seu fundo de areia branca produz um leve borbulhamento causando um efeito visual belíssimo. Segundo os moradores locais, ao se esfregar a areia na palma da mão ela produz um som característico.

Poço Azul: O Poço Azul é um dos atrativos naturais mais próximo da portaria do IBAMA, na Serra do Cipó, sendo por isso bastante visitado pelos turistas. Situado dentro dos limites do PARNA Cipó, seu acesso é feito por uma trilha de aproximadamente 2 Km com trechos planos e acidentados, sendo bastante comum a presença de matas, capões e paredes rochosas margeando o Córrego Gordurinhas.

Sua queda de aproximadamente 6 metros de altura é cercada de árvores, pedras e raízes, formando-se uma piscina natural com uma profundidade bem diferenciada em determinados pontos. A melhor época para a visitação é nos meses de dezembro a maio, pois as chuvas nestas épocas do ano evitam que o atrativo fique completamente seco. O nome Poço Azul é devido ao reflexo do sol incidindo durante determinadas épocas do ano.

Paredão ou Pedrão: Localizado na Área de Proteção Ambiental (APA) Morro da Pedreira, logo abaixo da Cachoeira de Baixo, o Pedrão é um paredão rochoso formado pela ação das águas do rio Cipó. Um dos seus acessos é realizado pela portaria da pousada Monjolos, onde a caminhada pelas dependências do hotel é rápida. Com uma altura aproximada de 10 metros, o atrativo é considerado um local tentador para saltos ornamentais, porém é uma atividade que oferece enormes riscos de vida, devido a altura do mesmo e a falta de conhecimento sobre a profundidade do rio que por ali passa.

Nascente da Mãe d'Água: Atrativo natural composto de Matas de Galeria e Campos Rupestres localizados no topo da Cachoeira Véu da Noiva, na região da Serra do Cipó. Suas águas dão origem ao ribeirão Soberbo que posteriormente desagua no Rio Cipó, que por sua vez é um afluente do rio das Velhas.

O acesso à nascente é feito pela Trilha dos Escravos. Durante a extensa subida, é possível observar a queda da Cachoeira Véu da Noiva, o afloramento rochoso do Morro da Pedreira e grande parte do distrito de Cardeal Mota.

Lagoa Comprida: Localizada dentro do Parque Nacional da Serra do Cipó, próximo ao rio Mascates, a Lagoa Comprida é um atrativo turístico destinado apenas a apreciação. Sua extensão de um quilometro de comprimento por uma largura média de 17 metros justifica o nome da lagoa, que possui até uma ilha arborizada com diversas flores. A vegetação do entorno é típica do cerrado, com paisagem complementada pela Serra da Bandeirinha e pela Cachoeira da Farofa.

A fauna local é formada por garças, capivaras, pássaros e répteis. Existem relatos da presença do jacaré de papo amarelo na lagoa em determinadas épocas do ano.

Capão dos Palmitos: Localizado nas mediações da Serra do Lagoa Dourada, dentro do PARNA Cipó, o Capão dos Palmitos é um local reservado e interessante. Seu acesso é feito por uma trilha bem íngreme com alguns trechos planos cuja distância total é de 8 Km aproximadamente. No percurso é frequente a presença de flores, árvores, pássaros e insetos bem exóticos. Existem ainda alguns cursos d'água com sombra que ajudam a amenizar o cansaço da longa subida da serra, de onde se tem um visão diferenciada da parte baixa do Parque e do Distrito de Cardeal Mota.

O atrativo se resume a um vale composto de algumas cachoeiras que formam poços d'água cristalinos e rasos em meio a uma enorme estrutura de rocha rodeada de várias plantas e flores com uma visão interessante da Serra da Bandeirinha. Existem algumas formações no paredão rochoso do Capão que impressionam pela sua complexidade e beleza.

Serra Morena: Local de camping com infra estrutura de estacionamento, restaurante, bar, pousada e banheiros. É cobrada uma taxa de entrada. Possui três cachoeiras também conhecidas como cachoeiras do Cornélio. A última queda e uma das mais belas da região. Sua queda livre é de cerca de 50m, formando uma piscina natural de 500 m². Há uma quarta cachoeira chamada Cachoeira da Caverna.


Cachoeira de Serra Morena

Gruta do Gentil, Lapa da Sucupira e Cachoeira da Usina: A Gruta do Gentil é uma interessante caverna, com pinturas rupestres infelizmente bastante depredada por pixações.

A Lapa da Sucupira constitui-se de um paredão com cerca de 80 m de altura. É grande o número de grutas junto ao paredão que possui uma das maiores concentrações de pinturas rupestres do globo. A Cachoeira da Usina recebe este nome devido à região da usina hidroelétrica fundada em 1928. A cachoeira possui três quedas muito bonitas com poços fundos proporcionando ótimos banhos e duchas naturais.

O roteiro possui infra estrutura de bar e banheiros em um lugarejo próximo à Cachoeira da Usina.

Pico do Breu: O Pico do Breu é o mais alto da Serra do Cipó. No caminho á uma represa, localizada no povoado da Lapinha, ao pé da Serra. Há também algumas quedas d`água de grande beleza cênica e o Córrego das Pedras, próximo ao Pico, com várias corredeiras.





Caminhada para o Pico do Breu 

História

Com altitudes que variam de 800 a 1.700 metros, pluviometria anual média de 700 mm e cerca de 300 dias de sol por ano, foi no período pré-cambriano - há cerca de 1,7 bilhão de anos - ocupada pelo oceano, conforme se verifica por suas características geológicas, com a predominância do quartzito formado pela consolidação das areias depositadas no fundo do antigo mar.

Após o Descobrimento do Brasil, constituiu-se no caminho natural dos bandeirantes que em busca de ouro e pedras preciosas embrenharam pelo nordeste mineiro e chegaram à Vila do Serro Frio e ao Arraial do Tejuco, atuais cidades do Serro e Diamantina. Ainda existem vestígios de uma estrada de pedra dessa época, construída pelos escravos, partindo do sopé da serra e chegando a um lugar chamado Mãe d’Água, por cima da Cachoeira Véu da Noiva.

A sua importância histórica também se reflete na existência de sítios arqueológicos com vestígios de comunidades primitivas, como se comprova em grutas e cavernas através de desenhos e pinturas rupestres, com idade estimada entre 2 mil e 8 mil anos.


O Parque Nacional



No início dos anos 70 foi pleiteada a criação de um parque para proteger as belezas naturais da Serra do Cipó. Após estudos da flora e fauna e elaboração de um detalhado levantamento da área, em 1978 o parque estadual foi criado. Entretanto como o governo estadual não possuía recursos suficientes para promover as desapropriações, os conservacionistas mineiros com o apoio da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência reivindicaram a transferência da área para o governo federal. A partir daí o antigo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) conseguiu adquirir amigavelmente dos proprietários mais de 40% das terras, sendo que no dia 25 de setembro de 1984 foi publicado o Decreto nº 90.223 criando o Parque Nacional da Serra do Cipó.

Situado na serra do Espinhaço o Parque possui uma área de 33.800 hectares que corresponde à superfície total da cidade de Belo Horizonte, envolve terras dos municípios de Jaboticatubas, Santana do Riacho, Morro do Pilar e Itambé do Mato Dentro, e é administrado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

Visando dar uma maior proteção aos ecossistemas da região, dia 26 de janeiro de 1990 o governo federal através do Decreto nº 98.891 criou a área de proteção ambiental denominada APA Morro da Pedreira, que circunda todo o Parque e envolve uma superfície de 66.200 hectares.

A região do Parque caracteriza-se por altitudes significativas, em geral variando entre 900 e 1.600 metros, sendo que alcança na Serra da Mutuca, extremo sudeste do Parque, 1697 metros. Este relevo acidentado dá origem a cachoeiras e corredeiras de grande beleza visual, a exemplo das cachoeiras da Farofa e da Braúna e o cânion dos Confins. Em locais de topografia propícia e drenada por muitos córregos a flora aquática também é muito rica em variedades. O clima na serra é do tipo tropical de altitude com verões frescos e estação seca bem definida, sendo que as temperaturas médias oscilam entre 17 e 19ºC.

A topografia e a variação do clima nas diversas altitudes do Parque deram origem aos seguintes principais tipos de vegetação:

I) Matas de Galeria - localizada no fundo dos vales úmidos e ao longo dos cursos d’água, constituída de vegetação mais desenvolvida e frondosa, sendo suas principais espécies o pau-pombo, a copaíba, o limãozinho, as quaresmeiras, os crótons e as samambaiaçus;

II) Campos Rupestres - são campos limpos caracterizados por gramíneas diversas e tufos de vegetação arbustiva, estes constituídos principalmente por canelas-de-ema (velósias gigantes), sempre-vivas, bromélias e cactos, além de inúmeras espécies de orquídeas. Em geral eles se situam em altitudes superiores a 900 metros, onde normalmente não encontramos poeira, daí o colorido de suas pedras só é alterado pela presença abundante de liquens das mais variadas formas e cores, geralmente emoldurados por flores de grande beleza. Neles o clima é adverso e atinge temperaturas extremas, muito elevada no verão e no inverno às vezes inferior a 0ºC;

III) Campos Cerrados - junto aos campos rupestres, em condições semelhantes de altitude e clima, mas outras condições de solo, encontram-se manchas de cerrados facilmente identificáveis pelas árvores baixas e tortuosas e pela presença de espécies típicas como o murici, o pau-terra, a quaresmeiras e os ipês. Neles são muitas as gramíneas, e podem também ser observadas sempre-vivas.


Flora e Fauna



Desde o século passado a Serra do Cipó vem sendo observada com muito interesse por diversos estudiosos. Cientistas famosos como o naturalista francês August de Saint-Hilaire, o botânico alemão Carl Friedrich Phillip von Martius e o naturalista inglês George Gardner ficaram impressionados, por exemplo, com os campos rupestres. Os brasileiros Ailton Joly e Nanuza Menezes dedicaram boa parte de seus estudos e pesquisas à vegetação local. O paisagista Roberto Burle Marx dizia que começou a entender mais as plantas quando passou a acompanhar o botânico mineiro H. L. Mello Barreto em suas visitas a Serra do Cipó, e sempre que retornava para buscar inspirações dizia-se cada vez mais fascinado. Segundo os botânicos as 1.600 espécies já catalogadas atualmente não devem representar nem a metade do que deve existir na região, e se tem notícia de que mais de trinta dessas espécies estão sendo objeto de pesquisa em laboratórios do país e do exterior.





Sempre Viva 

Na parte baixa da serra predomina a vegetação de cerrado, enquanto na região mais alta são encontrados principalmente os campos rupestres, de elevadíssima diversidade florística e onde alguns cientistas consideram que se concentra uma das mais ricas comunidades vegetais do mundo, inclusive com numerosas plantas endêmicas, ou seja, que só existem lá.

Dentre as plantas destaca-se a ocorrência das sempre-vivas (família das Eriocaulaceae) cujas flores secas, pelo fato de não murcharem nem perderem a cor, são muito utilizadas em ornamentação. Bastante freqüentes são as curiosas canelas-de-ema gigantes (Vellozia gigantea), que podem atingir até seis metros de altura e um metro de circunferência na base do tronco. São encontradas também orquídeas de várias espécies, bromélias, margaridas, cactos, ipês e quaresmeiras, além de fascinantes liquens coloridos que brotam sobre as pedras. Enfim, a multiplicidade de espécies vegetais é tão grande que a região encontra-se permanentemente florida durante todas as estações do ano, sendo considerada um verdadeiro laboratório a céu aberto, um paraíso para os botânicos.





Flores 

Para assegurar a perpetuação das espécies, as flores que cobrem os campos utilizam variadas estratégias e curiosos mecanismos de polinização. As que são polinizadas por abelhas exibem em geral flores amarelas ou azuis, com pigmentos que refletem a luz ultravioleta. Como os insetos conseguem enxergar esse espectro de luz aos seus olhos as plantas brilham, assim, dependendo da distribuição dos pigmentos, as flores passam a ser vistas nos campos da serra como autênticas rodovias de néctar, o alimento que o vegetal oferece ao polinizador como forma de recompensa. Quando são polinizadas por borboletas as flores são perfumadas e refletem a luz ultravioleta, já a dos pássaros não possuem perfumes tampouco refletem a luz ultravioleta visto que eles não podem percebê-los. Para atrair os morcegos elas exibem cores brancas e oferecem grande quantidade de néctar.

São também fascinantes os recursos utilizados pelas plantas para sobreviver na serra. Para economizar água, por exemplo, espécies como os cactos e as orquídeas tornam-se carnosas. Com isso, durante a noite elas fixam nas folhas o CO2 atmosférico, vital para as plantas clorofiladas e indispensável para a fotossíntese. Assim, durante o período diurno quando a fotossíntese será realizada elas já possuem armazenado o suprimento de gás necessário, ficando dispensadas de abrir pequenos poros da folha para coletá-los, processo esse que certamente as obrigaria a perder parte da água que lhes assegura a vida.

A fauna da serra é bastante rica, sendo encontradas dezenas de espécies de mamíferos, anfíbios e aves. Destaca-se a paca, o tatu, o tamanduá-mirim, a jaguatirica, o veado, o macaco, a lontra, o lobo-guará e a capivara. Dentre as aves são vistos com freqüência gaviões, codornas, perdizes, azulões, sabiás, pica-paus, tucanos, pintassilgos e beija-flores. O beija-flor-de-gravata-verde (Augastes scutatus) e o pássaro Cipó Canesteros, ambos endêmicos da serra, despertam grande interesse em ornitólogos de várias partes do mundo, e vale lembrar que por garantir a reprodução das plantas o beija-flor é essencial para o ciclo de biodiversidade. Quanto aos peixes, além das variedades mais comuns, merece destaque a presença abundante da Pirapetinga, conhecida como a Truta brasileira. Essa espécie apresenta um elevado nível de exigência ambiental, habitando exclusivamente águas com altos teores de oxigênio dissolvido.


Clima



O clima da região é tropical de altitude, com temperatura média anual de 21°C. De abril a novembro, período seco, é o melhor período para cruzar os rios, tomar banhos e praticar rapel. No restante do ano, chove mais, porém as cachoeiras ficam mais cheias e a vegetação, mais florida.


Localização



A Serra do Cipó está localizada no estado de Minas Gerais, à apenas 100 Km da capital mineira. O principal acesso é através da Rodovia MG-10, passando por Lagoa Santa e Almeida.


Como Chegar



O acesso de automóvel é feito através da Rodovia MG-10 em pouco mais de uma hora, sendo que a partir do terminal rodoviário de Belo Horizonte todos os dias há vários horários de ônibus.

Para quem chega por via aérea também é fácil, em razão da proximidade do Aeroporto Internacional de Confins distante apenas 50 quilômetros.


Quando Ir



A região fica florida o ano inteiro, mas de maio a agosto a temperatura é mais agradável. Entre abril e novembro, período de seca, os banhos e o rapel nas cachoeiras tornam-se mais fáceis. De dezembro a março, com as chuvas frequentes, as cachoeiras ganham mais volume.


Distância da Capitais



Belo Horizonte: 96 km
Rio de Janeiro: 540 Km
São Paulo: 682 Km
Brasília: 814 Km
Diamantina: 248 Km
Lagoa Santa: 60 Km
Jaboticatubas: 47 Km
Serro: 143 Km
Sete Lagoas: 100 Km


Acampamento



Pousada Camping Grande Pedreira: Possui uma área com toda a infra estrutura necessária para camping (Camping da Zulma), comportando 150 barracas ou 300 pessoas.

O camping tem vista panorâmica para a Cachoeira Véu da Noiva. Existem churrasqueiras para campistas, chuveiros quentes, sanitários, lava pratos, quiosque, fogueiródromo, bebedouros e lava roupas, além de duchas naturais externas. Possui ainda rondas diurnos e noturnos para maior segurança do campista. É totalmente gramado e arborizado.

Tel: 3718-7007 / 3718-7067 / 9901-6852

Camping Serra Morena: Tel: 3486-1421 / 9977-1421

Camping Véu da Noiva / ACM: Tel: 3718-7161 / 3274-2749


Horário do Parque



O horário de funcionamento do Parque Nacional da Serra do Cipó é das 8:00 às 17:00 hs, salvo os dias em que estiver chovendo, quando o parque é fechado aos turistas por motivos de segurança.


Endereços



Endereço de visitação: Bairro Areias, Jaboticatubas - MG, Acesso pelo Hotel Cipó Veraneio, Rodovia MG-10, Km 94

Endereço postal: Rodovia MG-10, Km 97 - Distrito de Serra do Cipó, Santana do Riacho - MG - CEP: 35.847-000 - Telefax: 0xx 31 3718-7228

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(31) 994316649 Wapp
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