sexta-feira, 26 de abril de 2013

Parque do Ibitipoca

Um vento frio corta um pedaço especial de serras da Zona da Mata Mineira. Junto com os primeiros raios de sol ajudam a dissipar uma densa névoa, revelando paisagens de tirar o fôlego do mais experiente viajante. é assim durante quase todo o ano em Ibitipoca, um pequeno e dos mais belos parques de Minas. Lá fendas se abriram pela força dos ventos e das águas. A natureza foi primorosa, cobrindo com uma rica fauna e flora o que já era um éden geográfico.

Piscinão no Rio do Salto

Cachoeira da Pedra Furada vista de cima
 
Lima Duarte é o portão de entrada para este paradisíaco recôndito mineiro. A cidade foi brindada por uma excepcional natureza. Repousa em um relevo que parece ter sido desenhado à mão, onde águas despencam em incontáveis cachoeiras. Um lugar em especial merece destaque dentro deste mosaico. Seu nome: Parque Estadual de Ibitipoca. Se Lima Duarte é o portão de entrada, cabe a Conceição de Ibitipoca dar as boas vindas. Por muito tempo parado no tempo, o distrito é um dos mais antigos povoados de Minas. Primeiro viveu do ouro, depois da agricultura, agora chegou a vez do turismo. Pouco a pouco este pequeno lugar é tomado por pessoas ávidas em saborear e desvendar seus mistérios e belezas. Com pouco mais de cem construções, Conceição de Ibitipoca vai ganhando novos contornos. São novas pousadas, restaurantes e afins. A situação preocupa pela forma desordenada de ocupação do solo. A comunidade de Ibitipoca percebeu isto e já começou a se organizar para melhor receber o turista, buscando ao mesmo tempo a preservação do rico acervo cultural e natural da região.

Visto de cima o parque tem um formato que lembra o de uma ferradura. Sorte dos visitantes, que têm a sua disposição 1.488 hectares de pura descoberta. São cachoeiras, grutas, lagos, corredeiras, cânions e fabulosos mirantes, destacando-se o do Pico do Pião (1762m) e o da Lombada (1784m), este último o ponto mais elevado de Ibitipoca. Dividindo a bacia do rio Grande e a do Paraíba do Sul, a serra é berço de diversas nascentes. Os ribeirões Bandeira, da Conceição e o córrego do Pilar, além dos rios do Salto e Vermelho, serpenteiam pelas encostas, proporcionando um espetáculo à parte.
O rio Vermelho é, sozinho, responsável por uma visão de sonho, a Janela da Céu. A sensação ali é de poder tocar o horizonte. Ele parece estar a poucos metros. Ali a terra encontra o céu! Já o rio do Salto forma uma extensa sucessão de cachoeiras, esculpindo preciosidades como a Ponte de Pedra, um túnel natural que pode ser percorrido por cima ou por dentro. A serra tem um nome gostoso de pronunciar, que flui espontâneo como suas águas. Foram os índios Aracis (ou Araris), os primeiros habitantes deste éden, que melhor definiram Ibitipoca. No tupi-guarani ibi significa "pedra" e oca "casa, montanha partida". Pode-se interpretar ainda ibitu (ventania) e pug (estrondo). Nada mais oportuno.
 
Lago das Miragens

Janela do Céu
Ibitipoca é a serra da ventania, uma fenda retorcida, uma acolhedora casa de pedra, que explode suas belezas aos olhos de seus apreciadores. Conhecer este lugar mineiro é caminhar muito, se esvaindo e se enchendo da água e demais essências da natureza.

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