quinta-feira, 28 de março de 2013

REGIÃO HIDROGRÁFICA DO SÃO FRANCISCO




A Região Hidrográfica do São Francisco é uma das mais importantes do país. O São Francisco e seus 168 afluentes drenam uma área total de aproximadamente 637.000 km², onde vivem cerca de 13 milhões de pessoas. Com 2.700 km de extensão, drena as águas de sete unidades da federação: a maior parte de Minas Gerais e da Bahia, além de pequenas parcelas do Distrito Federal, de Alagoas, Goiás, Pernambuco e Sergipe.

Nascente do rio São Francisco, na Serra da Canastra, no município de Medeiros - MG
A vazão média anual corresponde a 2% do total do país. Nessa região hidrográfica estão presentes diferentes biomas: Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, além de ecossistemas costeiros e insulares. O cerrado cobre praticamente metade da área da bacia, de Minas Gerais até o sul e o oeste da Bahia, e a caatinga predomina no nordeste da Bahia, onde o clima é mais seco.
O rio São Francisco nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais, e corre em direção ao norte, atravessando o sertão nordestino, que é muito seco em determinadas épocas do ano. Apesar disso, ele jamais seca, pois sua nascente, é uma região que recebe muitas chuvas ao longo do ano.

Rio São Francisco próximo à sua nascente em Minas Gerais
Como nasce no Sudeste e desemboca no litoral nordestino, o São Francisco facilitou o povoamento e a criação de gado em vastas regiões do sertão e possibilitou também a interligação de diversas cidades situadas às suas margens, por meio de barcos típicos, chamados degaiolas. Por isso ficou conhecido como Rio da Integração Nacional.
No médio São Francisco, as águas do rio são utilizadas para irrigar fazendas produtoras de frutas. Na região de Juazeiro/Petrolina, encontra-se um dos maiores polos de fruticultura do Brasil.

Agricultura irrigada entre os municípios de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE)
Outra importante característica do São Francisco é seu grande potencial hidrelétrico, explorado por usinas como Três Marias, Sobradinho, Paulo Afonso, Xingó, Moxotó e Itaparica.
Nas últimas décadas, a ação destruidora das atividades agrícolas passou a representar um sério risco à sobrevivência do São Francisco. O desmatamento e a erosão causados pela agricultura predatória 
provocaram o assoreamento do rio, comprometendo a navegabilidade e até mesmo o fluxo das águas.

Usina de Paulo Afonso IV em Paulo Afonso - BA
FONTE: Tamdjian, James Onnig. Estudos de geografia: o espaço geográfico do Brasil, 7° ano / James Tamdjian, Ivan Lazzari Mendes. - São Paulo: FTD, 2008.



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