Morreu neste sábado (17), aos 78 anos, no Maranhão, o carnavalesco Joãosinho Trinta. Ele estava internado desde o início do mês em um hospital da capital, São Luís, com insuficiência cardíaca, renal e pneumonia.
O corpo de Joãosinho Trinta foi velado no Museu Histórico do Maranhão, no Centro Cultural de São Luís, onde ele viveu toda a infância. O carnavalesco tinha 78 anos e morreu neste sábado às 10h55, no horário de Brasília, na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital UDI. Ele ficou internado 14 dias, com infecção urinária e pneumonia. “A gente não conseguiu reverter essa cascata de eventos graves que acometeram Joãosinho Trinta”, disse o diretor clínico Carlos Gama .
Joãosinho trinta nasceu em são Luís. No último ano, vinha se dedicando aos preparativos da comemoração dos 400 anos da capital maranhense marcada para setembro do ano que vem. Ele se reencontrou com as raízes culturais do Maranhão. Mesmo sofrendo as seqüelas de dois AVCs, freqüentava rodas de tambor de crioula e de bumba-meu-boi.
A doença não tirou a inspiração nem a criatividade de Joãosinho Trinta. Na sala onde fazia o que mais gostava, ele deixou pronta sua mais recente e última criação. “Poder presentear São Luís do Maranhão, o Brasil e o mundo com esse grande projeto indiscutivelmente seria o apogeu e, com certeza, ele iria encerrar o seu ciclo de vida e de criação feliz e satisfeito”, apontou o carnavalesco Enock Silva.
Os desenhos inéditos, feitos à mão, revelam detalhes de uma celebração em forma de cortejo, contando a história de São Luís desde a fundação pelos franceses em 1612.
Joãosinho preparou uma festa com carros-alegóricos e esculturas gigantes, todos com a mesma grandiosidade que o tornou mago do carnaval do Rio de Janeiro.
“Foi um cara muito importante para a escola de samba. Então, é uma perda muito grande”, comenta um homem. “Foi um grande homem, um grande carnavalesco, um grande amigo e que deixa um grande legado artístico no Brasil todo”, declara o carnavalesco Biné Gomes.
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