O controle das terras funcionava no sistema de sesmarias (grandes porções de terras eram entregues a quem se dispusesse ao cultivo, dando em troca à Coroa uma sexta parte da produção). Os registros destas terras eram feitas pela Igreja, que à época encontrava-se unida oficialmente ao Estado, por meio de seus párocos e vigários. Assim, Lavras Novas se desenvolveu ao redor da Capela de Nossa Senhora dos Prazeres, construída em 1762.
A historia nos conta que, com escasseamento do ouro na região, centenas de escravos foram alforriados, já que seus senhores não tinham mais como mantê-los. Alguns destes escravos libertos permaneceram em Lavras Novas, formando suas famílias – os Correia Maia, os Alves Viana, os Lessa, os Azevedos, os Coelho Magalhães, os Rocha, entre outros – buscando a sobrevivência com o plantio do chá (na antiga Fazenda do Manso), artesanato de taquara, carvão e na exploração da madeira para a venda de lenha.
Na década de 60, empresa de alumínio Alcan, depois de uma acirrada disputa com a comunidade oficializou a doação das terras para a mesma. Existe, na comunidade uma Mesa Administrativa – a Irmandade de Nossa Senhora dos Prazeres que é a represente dos moradores nativos perante os órgãos legais.
Foi na década de 80, que algumas pessoas foram descobrindo Lavras Novas com destino turísticos, encantadas com a beleza da região, o clima, a tranqüilidade e o acolhimento oferecido pelos moradores. Um antigo habitante conhecido como Sr. Oscar Rocha, prevendo o crescimento do lugar, começou a construir novas casinhas para vender aos novos visitantes, ansiosos por um pedaço de terra no paraíso. Ele também foi responsável por criar algumas lendas e causos, gerando a polêmica de que aqui teria sido um quilombo. Há uma grande dificuldade de se constatar, ou mesmo mais informações a respeito do lugarejo, hoje distrito de Ouro Preto.
A exuberância da natureza é fácil de se ver. Mas a magia de Lavras Novas esta ligada a este povo sorridente, aos casos e mistério que este lugar abriga, ao cheiro da candeia queimando nos fogões à lenha.
A duas boas maneiras de conhecer Lavras Novas e seu povo: andando pelas ruas dizendo bom dia a todos que passam ou fazendo uma caminhada à Serra do Trovão, só para sentar em uma pedra e ver a terra lá de cima.
Bom passeio!
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